Documentos Temáticos

DOCUMENTOS TRADUZIDOS

As escalas espaço-temporais na linha de costa consideram aspectos como a recuperação de praias, o clima de ondas na costa e a cota de inundação. Os documentos temáticos do SMC-Brasil apresentam referenciais teóricos sobre esses aspectos orientando como aplicar as metodologias nesses casos, resumidos em quatro documentos:

  • Documento Temático de Recuperação de Praias: Reúne a metodologia e ferramentas que permitem realizar um estudo ou projeto de recuperação de uma praia, incluindo dados, modelos, escalas;
  • Documento Temático de Mudanças do Clima em Praias: Contém a metodologia que permite no futuro, analisar a tendência com relação à estabilidade de uma praia, devido aos efeitos da mudança climática nas dinâmicas de alturas, período e direção das ondas e do nível do mar. Informa sobre como avaliar para uma praia, sua tendência com relação a retração ou avanço da linha de costa, rotação praial, variação da cota de inundação, etc.;
  • Documento Temático de Ondas: Descreve a metodologia seguida para gerar as séries temporais (60 anos, a cada hora) de ondas ao longo da costa, sua calibração, validação e transferência a partir de profundidades indefinidas até a praia de estudo;
  • Documento Temático de Níveis e Cota de Inundação: Descreve a metodologia para a determinação do nível do mar ao longo da costa do Brasil, incluindo a maré astronômica e a meteorológica. Também descreve a metodologia para avaliar a cota de inundação em uma área da costa, incluindo a maré astronômica, meteorológica e o aumento do nível do mar na costa devido à quebra das ondas. Esse último, ampliado pelo perfil da praia.

Estes documentos encontram-se na página do SMC-Brasil do Ministério do Meio Ambiente.

 

GERAÇÃO DE NOVOS DOCUMENTOS

  •    DOCUMENTO “UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA O ESTABELECIMENTO DE REGIME PROBABILÍSTICO DE ÁREA DE INUNDAÇÃO COSTEIRA DO BRASIL”

O documento “Uma Proposta de Abordagem para o Estabelecimento de Regime Probabilístico de Área de Inundação Costeira do Brasil” é um documento temático que visa disponibilizar informações sobre a probabilidade da cota de inundação e nível do mar ao longo de toda a costa brasileira. Este foi gerado nos moldes do Atlas de Inundação da Espanha, contendo descrição dos dados utilizados, metodologia aplicada, resultados gerados e a maneira correta de utilização do documento. Os dados utilizados e a metodologia aplicada foram desenvolvidos pelo Instituto Hidráulico da Cantabria e enviados ao Brasil para aplicação do método e geração dos resultados.

Para obter os valores de cota de inundação e nível do mar, foi utilizada a mesma base de dados de ondas, maré astronômica e maré meteorológica disponível no SMC Tools. Com os resultados foram realizadas análises estatísticas de regime extremo e médio que constam no documento. Com o intuito de refinar as análises, o litoral brasileiro foi dividido em 24 zonas, sendo gerados resultados para cada uma delas. Com esse documento em mãos, é possível realizar uma análise preliminar do regime médio e extremo da cota de inundação e nível do mar, para qualquer região do litoral brasileiro.

Além da importância no que se refere à análise da inundação costeira, a construção deste documento atende a outras demandas do projeto, como a transferência de metodologias e a complementação da formação de profissionais capacitados para atuar no âmbito da oceanografia e engenharia costeira.

Este documento encontra-se na página do SMC-Brasil do Ministério do Meio Ambiente.

 

  •    DOCUMENTO “GUIA DE DIRETRIZES DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO À EROSÃO COSTEIRA”

O “Guia de Diretrizes de Prevenção e Proteção à Erosão Costeira”, é um documento temático que tem como objetivo fornecer orientações técnicas para o estabelecimento de critérios e diretrizes gerais para a implantação de obras de proteção costeira Este foi construído inspirado no Coastal Engineering Manual – CEM (Manual de Engenharia Costeira) dos Estados Unidos da América (USACE, 2002) contendo aspectos gerais de prevenção, proteção e recuperação costeira, etapas básicas para o desenvolvimento de uma solução técnica (alimentação praial) e um fluxograma institucional onde estão expostos os órgãos municipais/estaduais/federais atuantes na gestão costeira brasileira e qual o seu papel em cada etapa de trabalho.

Para a construção desse guia foram realizadas reuniões de acompanhamento onde participaram representantes de diversos órgãos, entre eles: Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério da Integração (MI), Ministério Público Federal (MPF), Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (SEMAS), Instituto Geológico da Secretaria do Meio Ambiente (IG – SMA) de São Paulo, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).

À UFSC ficou a incumbência da escrita do capítulo 2, o qual apresenta medidas de prevenção e metodologias de proteção e/ou recuperação costeira frente a processos erosivos atuantes na zona costeira, incluindo um passo a passo de como planejar e realizar uma obra de alimentação praial. Pois, da perspectiva de paisagem, projetos de alimentação praial são as melhores soluções para mitigar o problema da erosão, criar espaço recreacional (FINKL; WALKER, 2005) e recriar zonação morfológica e biológica (NORDSTROM, 2008), além de ser a técnica menos intrusiva dentre as opções de obras de engenharia costeira (DEAN; DALRYMPLE, 2004). Por ser a única alternativa que introduz areia ao sistema, ou seja, incidindo diretamente no déficit sedimentar, esta é a solução mais eficaz, benigna e aceitável para a mitigação da erosão praial, pois restaura a faixa de areia sem trazer impactos diretos para as áreas adjacentes (DEAN; DALRYMPLE, 2004).

Este documento encontra-se na página de publicações do Ministério da Integração Nacional.

Referências

DEAN, R.G.; DALRYMPLE, A.R. Coastal processes with engineering applications. Cambridge: Cambridge University Press, 2004. 489p.
FINKL, C.W.; WALKER, H.J. Beach nourishment. In: SCHWARTZ, M. (Ed.) Encyclopedia of Coastal Science, Dordrecht: Springer, 2005, p. 147-161.
NORDSTROM, K.F. Beach and dune restoration. New York: Cambridge University Press, 2008. 187p.
USACE (US ARMY CORPS OF ENGINEERS). Coastal Engineering Manual. Vicksburg, Mississippi: EM 1110-2-1100, 2002.